*Agência Fiocruz de Notícias, 28/4
A Presidência da Fiocruz lamenta profundamente o falecimento, nesta segunda-feira (28/4), do seu vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Aurélio Krieger. Ele estava no cargo desde 2017. Krieger faria 61 anos no próximo domingo (4/5) e lutava contra um câncer. Ainda não há informações sobre o velório.
Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1987, tendo mestrado (1989) e doutorado (1997) em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Krieger foi diretor-adjunto de Desenvolvimento Tecnológico, Prototipagem e Produção do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), coordenador do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e coordenador-técnico da Unidade de Produção da Fiocruz para Diagnóstico de Ácido Nucleico. Ainda bem jovem, ele foi muito importante na implantação da Fiocruz Paraná e na aliança com o IBMP, contribuindo de forma definitiva para a construção de unidade tecno-científica da Fundação naquele estado. Foi autor de várias publicações, incluindo seis patentes.
Referência em temas como imunização e vacinas, Krieger foi um dos cientistas que dominaram boa parte da cobertura jornalística sobre a pandemia, em especial sobre a liberação, pela Anvisa, do uso emergencial das duas vacinas – a da Fiocruz e a do Butantan – contra a Covid-19. Na época, ele aparecia com frequência nas emissoras de TV e deu repetidas entrevistas à imprensa sobre a eficácia da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca e a Fiocruz, desempenhando um papel importante no combate ao negacionismo científico e ao movimento antivacinas. Krieger também teve uma função relevante na condução do Comitê de Vacinas da Fiocruz.
Comunicador nato, em 2021 Krieger representou a Fiocruz na reunião técnica organizada pela Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados. Na ocasião ele traçou um panorama de todo o trabalho realizado pela Fundação desde a prospecção tecnológica de vacinas candidatas, no início da pandemia. Comentou as peculiaridades do projeto e sua complexidade técnica, jurídica e regulatória, destacando sua realização em tempo recorde.
Krieger era um entusiasta da inovação tecnológica e estava sempre empenhado em incorporar novas vacinas, fármacos e produtos ao SUS. Como ele sempre costumava destacar, “é importante criarmos um ambiente que favoreça o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica e incentivar o caráter empreendedor dos pesquisadores”. Em toda a sua trajetória ele se dedicou a projetos que pudessem ampliar o acesso da população a melhores vacinas e tratamentos pelo SUS e foi um defensor incansável da tecnologia para o bem-estar e a saúde da população brasileira.
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Leia o texto na íntegra, aberto, no site da Fiocruz.