Leia matéria de Carla Monteiro para g1 Itapetininga e Região, publicada em 8 de março:
Criada pela mãe e pelos avós em Itapetininga, no interior de SP, Mariangela Hungria se tornou uma das maiores referências do mundo em biotecnologia do solo.
Engenheira agrônoma pela USP, com mestrado e doutorado em ciência do solo, além de pós-doutorados nos EUA e na Espanha, ela soma mais de 500 publicações científicas, já orientou mais de 200 alunos e coleciona prêmios, incluindo a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico, o Prêmio Cláudia em Ciências e a inclusão na lista da Forbes como uma das mulheres mais influentes do agronegócio. Recentemente, foi uma das vencedoras do 1º Prêmio Mulheres e Ciência do CNPq.
Desde 1991, Mariangela atua como pesquisadora na Embrapa Soja e também leciona na UEL e UTFPR. Mas se recorda que encontrou ainda na infância, na avó, professora de ciências no Instituto Peixoto Gomide, sua maior inspiração: “Ela fazia experiências comigo no quintal, me ensinava com paixão. Esse exemplo foi determinante para a minha trajetória”.
Seu caminho também foi influenciado por Joana Döbereiner, cientista que a contratou e acreditou em seu potencial. De lá para cá, foram vários tipos de reconhecimento obtidos, sendo o mais recente o Prêmio do CNPq.
(…)
Desde o início da carreira, Mariangela apostou na biotecnologia agrícola, mesmo quando muitos desacreditavam no potencial dos bioinsumos. Hoje, suas tecnologias são aplicadas em milhões de hectares e beneficiam pequenos produtores.
O projeto mais recente, em parceria com uma cooperativa, visa tornar os bioinsumos acessíveis para agricultores familiares. “Essa luta de anos finalmente está dando frutos e pode servir de exemplo para outras cooperativas”, afirma.
(…)